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A sociedade contemporânea vive, cada vez mais, assoberbada por contradições e paradoxos morais que ameaçam os seus alicerces mais fundamentais. Entre tais paradoxos, avulta o fenómeno da crescente desconsideração por aqueles que, com abnegação e risco pessoal, se dedicam à preservação da ordem pública: as forças de segurança.

Apoiar as forças policiais constitui, em qualquer sociedade civilizada, mais do que um simples dever cívico; é uma afirmação clara de respeito pela ordem jurídica e pelo bem comum. A função policial é, por natureza, nobre e árdua, exigindo dos seus agentes não apenas destreza e coragem, mas também sacrifício pessoal, permanente disponibilidade e um profundo sentido de missão em nome da tranquilidade pública e da protecção dos cidadãos.

Sem a presença constante e vigilante das forças da ordem, a sociedade rapidamente degeneraria em anarquia, violência e desgoverno. É através do trabalho silencioso e firme das polícias que se garantem a paz social, o funcionamento regular das instituições e a defesa intransigente da vida, da honra e da propriedade.

Mas eis que se revela uma ironia inquietante e reveladora da natureza humana: são precisamente aqueles que mais se apressam a proclamar, com indignação militante, a urgência de “desfinanciar a polícia” que, paradoxalmente, são também os primeiros a invocar a protecção policial quando a insegurança lhes toca à porta. Esta contradição desnuda a superficialidade de certos discursos ideológicos e demonstra, de forma inequívoca, o papel imprescindível das forças policiais no quotidiano de todos, sem excepção.

O reconhecimento deste papel exige mais do que palavras ocasionais ou homenagens protocolares. Implica assegurar, de forma continuada, os meios materiais adequados ao exercício da sua missão e afirmar publicamente a dignidade e relevância social da actividade policial.

Quem verdadeiramente valoriza a liberdade, a paz e a segurança deve sustentar com firmeza e convicção aqueles que diariamente se dedicam a garanti-las, mesmo perante a ingratidão de muitos e a incompreensão de outros tantos. Apoiar as forças de segurança é, em última análise, defender a própria civilização, salvaguardar os valores que alicerçam a Nação e honrar a memória de todos quantos, ao longo da História, se bateram para que a ordem prevalecesse sobre o caos.
 

* Empresário, Filantropo | Cônsul ad-honorem de Portugal (2014 a 2020) | Fundador e CEO da Summit Nutritionals International Inc. | Defensor incondicional das Forças de Segurança e dos Princípios Conservadores.