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A história do século XX é uma vasta galeria de horrores gerados pelas ideologias socialistas. Sob múltiplos nomes e insígnias, os regimes comunistas e nacional-socialistas impuseram a mesma lógica de tirania: a supremacia absoluta do Estado sobre o indivíduo, o esmagamento sistemático da liberdade e a promessa ilusória de um futuro radioso que, na realidade, custou milhões de vidas humanas.


O nazismo, conquanto frequentemente rotulado como extrema-direita, foi na verdade uma expressão particular do socialismo, moldado em chave nacional e racial, em contraste com o socialismo internacionalista de raiz marxista. O próprio nome do partido de Adolf Hitler, Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães), demonstra de forma inequívoca a sua natureza socialista. Ambos partilharam fundamentos idênticos: a planificação central da economia, o culto do Estado, a anulação da pessoa e a perseguição violenta dos opositores.

É, portanto, ironia cruel comparar o nacional-socialismo ao conservadorismo. O conservadorismo autêntico enraíza-se na ordem natural, na continuidade histórica, na dignidade intrínseca da pessoa humana e na limitação do poder político. O nazismo, pelo contrário, representou a negação absoluta destes valores. Foi socialismo totalitário, tal como o comunismo soviético, apenas diferindo na retórica e no enquadramento ideológico.

Se atentarmos nas experiências da esquerda radical, a escala de destruição revela-se ainda mais vasta. A União Soviética inaugurou o terror vermelho sob Lénine, que nos primeiros anos do regime ordenou execuções sumárias e lançou milhões em campos de concentração. Sob Staline, este terror assumiu proporções colossais: o Holodomor na Ucrânia exterminou milhões pela fome induzida, os expurgos liquidaram a elite intelectual e política, e os gulags converteram a Sibéria num cemitério sem memória. Na China, Mao Tsé Tung levou o socialismo à sua expressão mais cruel. O Grande Salto em Frente, delírio de engenharia económica e social, condenou à morte dezenas de milhões pela fome.

A Revolução Cultural destruiu famílias, tradições milenares e vidas humanas em nome da pureza ideológica. O maoísmo permanece como uma das maiores catástrofes da História, não apenas pela escala numérica, mas pela barbárie cultural e espiritual infligida a uma nação inteira.

No Camboja, Pol Pot erigiu o inferno terrestre sob o pretexto da igualdade agrária. Em poucos anos, um quarto da população pereceu em campos de trabalho, execuções e fomes. No Vietname, após a vitória comunista, centenas de milhares foram enviados para campos de reeducação, donde muitos jamais regressaram. Na Coreia do Norte, a dinastia socialista dos Kim mantém até hoje milhões de seres humanos em escravidão política, sujeitos a fomes cíclicas e ao culto degradante do líder.

Em África, a penetração da ideologia marxista alimentou guerras civis intermináveis, perseguições étnicas e devastação social. Angola, Moçambique e Etiópia tornaram-se laboratórios de uma utopia importada que disseminou a morte e o caos. Em Cuba, a revolução de Fidel Castro prometeu liberdade e justiça, mas ofereceu apenas prisões, fuzilamentos e a miséria crónica de um povo que ainda hoje permanece privado dos mais elementares direitos.

É profundamente desonesto, do ponto de vista intelectual, condenar o nacional-socialismo sem simultaneamente denunciar os crimes perpetrados pelos regimes de esquerda radical.

Todas as variantes do socialismo radical, sejam de raça ou de classe, conduziram sempre ao mesmo resultado: campos de concentração, fomes artificiais, extermínio de inocentes, perseguição religiosa e cultural, tirania absoluta.

A lição é inequívoca: sempre que o socialismo, em qualquer das suas formas, triunfou, a liberdade pereceu e a vida humana perdeu o seu valor intrínseco.
 

O conservadorismo, pelo contrário, recorda a imperfeição do homem, reconhece a importância das tradições e afirma que a autoridade do Estado deve ser limitada para que a dignidade da pessoa não seja sacrificada no altar da utopia.


Somente através da moderação, da liberdade ordenada e do respeito pela herança histórica poderá a civilização prosperar. O socialismo, em todas as suas expressões radicais, demonstrou de forma sangrenta que conduz invariavelmente à tragédia.
 

César DePaço
Empresário e Filantropo
Cônsul ad honorem de Portugal (2014 a 2020)
Fundador e CEO da Summit Nutritionals International Inc.
Presidente da Fundação DePaço
Defensor incondicional das Forças de Segurança e dos Princípios Conservadores


Fonte: Jornal LusoAmericano